Comprovando Certezas
Incrível como as pessoas têm a capacidade de destruir laços, derrubar prédios que foram erguidos e desmanchar nuvens que dão vida ao céu.
De primeira, aquele impulso de fugir, o que eu estava fazendo ali? Logo após, descobri, me surpreendi, cara, como eu me surpreendi. Como seria possível? Não era nada que eu tivesse desejado antes, não era nada com o qual eu pudesse me identificar, e talvez por isso, essa antítese, somada aos lábios, as mãos e até ao lóbulo, viciou-me em uma direção diferente. Eu sorri e abri os braços, estava disposto a aproveitar tudo de bom que surgisse dali.
Perdão aos tolos, mas é preciso escolher o momento de “confundir” qualquer palavra com amor, é tão fácil.
Dessa vida, eu só parto até ter experimentado o gosto da terra. Se é pra se arrepender, que seja do que foi feito.
Triste o fim de quem ergueu a construção, pincelou o azul com algumas ideias e alguns planos. Este que ousa aparentar força e sabedoria mas cita travessuras das noites eternas em vão. Conseguiu erguer esse prédio de surpresas, acrescentando cada vez mais gostos e sabores. E logo pôs tudo abaixo, como toda árvore há de cair. Bastou a primeira para perceber que já estava na hora de desviar o caminho. Quanta besteira.
Para aquele que apareceu inocentemente e ingenuamente, procurando companheiro para a noite, surpreendeu o bastante mas não aguentou o peso da barra, caindo na desgraça da bipolaridade repentina. Se mostrou um babaca e o fim vazio só comprovou o que eu já tinha certeza.
Desse sofrimento, estou longe, já paguei o que devia. Cuidado com o que procura, pode descobrir que algumas pessoas gostam de brincar, e quem brinca, não se machuca, finge.
Uma vez, eu fiz uma escolha.