Cemitério dos meus telefones celulares
Aqui jazem as memórias digitais daqueles que silenciaram suas notificações para todo o sempre

Mês passado, meu décimo segundo celular, um iPhone 11 Pro Max, morreu de novo.
Vira e mexe ele morria e de alguma forma eu conseguia dar uma sobrevida a ele. Às vezes o deixava 24h carregando e voilá, voltava a funcionar. Então eu levava na assistência e trocava a bateria. Troquei ela 3 ou 4 vezes.
Esse celular esteve comigo por 3 anos, e vale destacar que não era zerinho. Comprei de um vendedor de uma loja, era o seu celular pessoal, negociei com ele e levei o aparelho que ainda tinha a foto das filhas como papel de parede.
Lembrei que havia feito uma página no Notion, 5 anos atrás, quando morreu meu Pixel 3, também em maio. Eu e meus celulares.
lembrei que 5 anos atrás criei uma página no notion com os celulares que eu tive kkk acho que vou atualizar e fazer um cemitério memorial
— Liko (@liko.bsky.social) 2025-05-19T00:51:19.229Z
a quantidade de celulares roubados e furtados chega a doer
Decidi transformá-lo nesse post e chamar de cemitério dos meus telefones celulares. Acompanhem comigo essa retrospectiva mobile conforme passamos por suas lápides digitais.

#1 Nokia 5230
RM-588 (provavelmente)
❤️❤️❤️
✴︎ 2011
✝ 2012
Foi meu primeiro celular. Prestes a fazer 20 anos. Demorei a beça para ter um porque eu não via motivo algum em ter um aparelho em que as pessoas pudessem me ligar a qualquer momento. Ew, que coisa horrível. E também porque eu não tinha dinheiro.
Antes disso, eu costumava emprestar o celular alheio para mandar SMS para os amigos falando onde eu estava e onde provavelmente estaria depois. O rolê acontecia naturalmente, sem maiores problemas de comunicação. Tempos mais fáceis.
Conforme os smartphones se popularizaram, aí vi sentido em ter um. Poder abrir o twitter e narrar minhas viagens dentro do transporte público enquanto escutava Wavves. Wow, so amazing, now we’re talking about!
Comprei quando ainda trabalhava na fábrica Caio Induscar e sobrava dinheiro na conta. Me acompanhou nos últimos meses morando em Botucatu e meu primeiro ano em São Paulo. Amava que ele tinha um cordãozinho com uma paleta que passava por um buraco na carcaça do próprio celular, a qual eu usava para amarrar no passante da calça quando colocava no bolso e me sentia mais seguro de não ser roubado. Se tornou obsoleto quando entrei para a faculdade e percebi que precisava de algo melhor. Não só para estudar, mas também fotografar, que veio a se tornar um dos meus principais hobbies - e fotografar com ele era doloroso.
O Nokia 5230 estava longe de ser perfeito, mas foi um bom companheiro de entrada no universo mobile.
Dei para a Juliana, minha roommate que teve o seu celular roubado pela primeira vez na cidade grande e estava desolada. Roubaram ele também logo depois. Acho que ela não usava o cordãozinho com a paleta amarrada na cintura.

Essa aí é a minha foto favorita feita com ele. Pedi pro Rebola tirar durante o velório que estávamos fazendo para o Teddy. Carangueijo que morreu de insolação num fim de semana que esqueceram de fechar a porteira improvisada para ele não vir ao corredor.
Apps essenciais: o Opera Mini para navegar e o Gravity para acompanhar a timeline do Twitter.

#2 Samsung Galaxy S2 Lite
SAMSUNG GT-I9070
❤️❤️❤️
✴︎ 2012
✝ janeiro de 2013
Lembro que o Galaxy S era um modelo bem popular e desejado. Lembro que o Eduardo tinha um papel de parede de uma mulher pelada abaixada e de salto alto com as pernas bem abertas destacando seus lábios. Era uma foto bem bonita. Lembro que o Bruno usava para abrir o Grindr e marcar de fazer sexo a qualquer momento. Nenhuma foto era bonita. Lembro de ficar fascinado com as possibilidades do Galaxy, e por isso optei por comprar a versão menos potente que cabia no bolso.
Foi com o Galaxy S2 Lite que comecei a me aventurar na gestão de conhecimento pessoal usando o Evernote. Toda aula na faculdade ele me acompanhava. Às vezes eu precisava discutir que era uma tecnologia que me ajudava a estudar, não me atrapalhava. Até eu perceber que era melhor para memorização um processo analógico, então passei a usar flashcards em sala de aula.
Não durou nem um ano comigo. Fui assaltado na Avenida Angélica por três pivetes. Pincelei um pouco de como foi nesse post aqui um ano depois.
Infelizmente, perdi a maior parte das fotos que fiz com esse celular. O Google Photos só foi inventado dois anos depois.
Gosto dessa daqui de uma época mais conceitual e experimental, cheia de filtros e edições exageradas para mitigar as limitações técnicas.

Apps essenciais: Evernote. Ainda era muito recatada e medrosa pra usar o Grindr.

#3 Samsung Galaxy S3
SAMSUNG GT-I9300
❤️❤️❤️❤️
✴︎ 2013
✝ 06 de maio de 2014
Foi natural continuar na linha Galaxy S. Foi também com dor no coração e no bolso que eu comprei, mas parecia ser a melhor decisão. A qualidade da tela era melhor, as fotos também. Os aplicativos já não engasgavam tanto como acontecia com o S2 Lite.
Fui feliz com ele. Adorava a capinha do meu Galaxy S3, o desenho de uma caveira estilizada e linda.
Furtaram no metrô, estação Pinheiros. No mesmo dia, escrevi o texto (citado anteriormente) sobre o acontecimento e relembrando o assalto em que levaram o S2 Lite.
Aqui mais uma foto exageradamente editada com ele:

Foto do Planeta Terra em 2013, o melhor festival que já fui! Pouca gente, ingresso justo e só porrada: Travis, Lana Del Rey, Beck e Blur. Voltei felizão pra casa esse dia e encontrei a galera da república esparramados pelo chão totalmente bêbados. Tinham afogado as mágoas porque perderam a lana (trilha sonora constante na casa).
Usei o app Camera 360, assim como na foto anterior.
Apps essenciais: Camera 360, VSCO, Snapseed, Instagram, Evernote e acho que comecei a usar o Google Keep também. Ah, sim, e o Grindr. Comecei a me soltar, rsrsrrç.

#4 LG Nexus 5
LGE Nexus 5
❤️❤️❤️
✴︎ 10 de Setembro de 2014
✝ 2015
Na época, houve um problema com o site em que comprei, a eFácil. Eles não entregaram o pedido e precisei acionar o Procon. Foi treta. Lembro de ter ido no pequenas causas abrir processo contra a loja. Acabei comprando o mesmo modelo na Ricardo Eletro e, logo depois que ele chegou, o da eFacil resolveu dar as caras também.
Na época, estava fazendo o TCC, um documentário sobre Aids na Terceira Idade. Usava ele para gravar o áudio das entrevistas. Numa noite de filmagem pelo centro, um grupo se aproximou em torno da equipe enquanto gravávamos. Esperaram toda a conversa com o entrevistado acontecer com sorrisos nos rostos para então falarem educadamente para passarmos os celulares e ficarmos de boa. Sorte do entrevistado que estava sem o celular no momento. Perdemos os áudios das entrevistas, mas fiquei feliz que não levaram a câmera.
Até esse momento, parecia que todo fim de celular era certo: assalto ou furto. Algo que nunca mais me aconteceu, provavelmente por causa da malícia adquirida com a violência em São Paulo, um tanto de sorte e um tanto de ser sem noção com falta de amor a vida. Reagi às tentativas de assalto que sofri posteriormente e saí vitorioso. Porém, não recomendo.
Ah, não, fui azarado e tive outro furtado mais a frente.
#5 LG Nexus 5 (Segundo celular)
LGE Nexus 5
❤️❤️❤️
✴︎ 2015
✝ 23 de abril de 2016
Bem, como eu já tinha outro Nexus 5 igualzinho fechado numa caixa bonitinho, desisti do processo e continuei com ele. ¯\_(ツ)_/¯
O Nexus era a promessa de um bom celular Google, com android puro. Era estiloso, uma versão toda vermelha.
Esse segundo Nexus 5 pifou. Não lembro o por quê.
Não gostava muito da qualidade das fotos dele. Tinha MUITO ruído. Principalmente em ambientes com pouca luz. Mas foi com ele que eu evoluí na fotografia, principalmente fazendo retratos.
Além de muitos cliques em sequência, depois transformados em gifs. Inclusive, tô lembrando nesse momento, criei um blog no tumblr chamado gifisting onde salvei alguns dos tantos momentos que registrei assim com o S3.
Gosto da edição dessa foto:

Aqui um auto-retrato no meu quarto, um cômodo de dois metros quadrados, explorando a Canon 60D que eu havia comprado sonhando em ser fotógrafo e com a qual gravei o documentário do TCC.

Ambas as fotos editadas com o VSCO, quando ainda era um bom app. Agora tem que ter coragem e muito dinheiro para usá-lo.
Apps essenciais: VSCO, Snapseed e Instagram.

#6 LG G4
LG Electronics LG-H815P
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
✴︎ 16 de junho 2016
✝ 12 de abril de 2017
O LG G4 foi o melhor celular que já tive de longe. Tudo nele era perfeito.
Além de uma performance incrível, foi o celular mais estiloso que já tive. O botão de ligar era na traseira de couro destacável. Aquela traseira, uma coisa linda, uma curvatura tão elegante, nunca mais vi nenhum celular originalmente bonito assim. Tão estiloso que nunca usei ele com capinha e ela nunca me fez falta. Eu amava demais demais seu visual.
Molhei ele sem querer e oxidou. Escorreguei a caminho de uma cachoeira em São Tomé das Letras, fui de bunda na água com ele no bolso :((
Era um sinal de que essa ia passar a ser a sina dos meus futuros aparelhos.
Essa foto foi uma das primeiras que fiz testando a qualidade dele. Quando vi o desfoque no fundo, pirei!

Também gosto dessa da Asaph

Acho que foi nessa madrugada que uma garota surtou, tentou se matar se jogando na frente dos carros. A gente acompanhou ela pela rua levando-a ao Hospital das Clínicas, sem que ela se desse conta, lá saberiam o que fazer com ela. Chegando lá, encontramos outro doidão, sentei na sarjeta e escutei suas histórias por 1 hora.
Apps essenciais: VSCO, Snapseed e Snapchat.

#7 LG G5
LG Electronics LG-H840
❤️❤️❤️
✴︎ 13 de maio de 2017
✝ 23 de julho de 2017
Após uma experiência incrível com o LG G4, fazia total sentido comprar seu sucessor. Contudo, o G5 foi por um caminho diferente, abriu mão da beleza para ser pioneiro em componentes modulares. Nunca cheguei a utilizar essa inovação e, infelizmente, foi um desastre - só durou essa geração.
Comprei ele só porque faria uma viagem pela América do Sul e não poderia deixar de registrar. Era feio, mas como eu priorizava a performance e a câmera, tudo bem. Quebrei a câmera frontal logo na primeira semana de viagem, azarado do caralho. Foi o primeiro aparelho de câmera tripla que tive, a qual aproveitei muito bem enquanto pude durante seus longuíssimos 2 meses de existência comigo.
Foi furtado no Nossa Casa, baladinha progressista da Vila Madalena em que eu costumava bater carteirinha de quinta-feira depois do Happy Hour do trampo e hoje passo longe.
Uma foto da viagem:

Um dia, eu juro, um dia eu vou publicar um álbum de fotos dessa viagem com meu diário de bordo. Foi a viagem mais louca da minha vida. Estava com uma galera dentro de um ônibus paz e amor dos anos 60 que dava problema todo dia, a caravana arco-íris. Foram muitos os perrengues maravilhosos pelo caminho. Vivi uma das noites mais assustadoras debaixo de chuva e muito frio na curva perigosa de uma montanha. Atolamos no meio do deserto do Salar do Uyuni e uma mexicana de 18 anos que estávamos dando carona sumiu. Havia um hippie assediador entre a gente que foi expulso depois que fomos salvos por muambeiros. Tive que pegar carona pra chegar em Cusco uma vez que a caravana deu ruim. Nem cheguei a terminar a viagem com a caravana, pois o motorista queria deixar para trás um casal de gringos e, a fim de não ser conivente, decidi descer junto com eles. Paguei a passagem da galera em Rondonópolis e ninguém mais (fora a organização) seguiu viagem com a caravana. Foi top.
Apps essenciais: Google Keep, onde eu escrevia o diário de bordo.

#8 Google Pixel 2
Google Pixel 2
❤️❤️❤️❤️❤️
✴︎ 20 de dezembro de 2017
✝ 7 de abril de 2019
Como eu já havia gasto muito dinheiro e nem tinha terminado de pagar o G5, lasquei o foda-se e decidi ficar o restante do ano sem celular.
Foi uma época muito interessante. Se alguém reclamasse que eu era incomunicável, simplesmente mandava a pessoa me comprar um celular porque eu me recusava. Fazer isso no trabalho era prazeiroso, chegaram a reclamar para o RH que eu não respondia no grupo do WhatsApp. Risos.
Com o LG G4, criei o hábito de retratar as pessoas com quem trabalhava. Era algo tão natural e frequente que algumas se magoavam se eu ainda não as havia clicado. Às vezes, me sentia mais pressionado a tirar fotos do que fazer meu trabalho (e tudo bem, porque eu amava fazer fotos e me sentia lisongeado). A pressão deu lugar ao hiato quando fiquei sem celular. Nada mais de fotos.
Só voltei a ter celular quando o Paulinho viajou para Chicago no fim do ano e aproveitou comprar um Pixel. Celular que eu babava para ter, especialmente por causa da câmera. Aproveitei a oportunidade e peguei um também. E, sim, a câmera era tudo isso. Voltei pro trabalho arregaçando ainda mais nas fotos.
Pouco mais de um ano e a bateria começou a dar ruim e não é como se tivesse assistência para celulares Google no Brasil hoje ou 6 anos atrás.
O salto na qualidade e de processamento do Pixel era bizarro:


Apps essenciais: Daylio

#9 Google Pixel 3 XL
Google Pixel 3
❤️❤️❤️❤️❤️
✴︎ 7 de abril de 2019
✝ 23 de maio de 2020
Fiz um intercâmbio em Malta com o Paulinho. Na volta para o Brasil, fizemos conexão em Frankfurt, onde passamos algumas horas. Aproveitei procurar uma loja Saturn para já resolver a dor de cabeça que sabia que logo teria com celular.
Acho que dei o Pixel 2 de entrada e voltei pra casa com o Pixel 3 XL. Mais um ótimo celular. A diferença de qualidade, tanto em performance, quanto sistema e, principalmente, nas câmeras, do Pixel era tão absurda comparada com os outros Androids que eu nem perdi tempo pensando em alternativas.
Deu ruim pouco mais de um ano depois. Nos meus primeiros dias morando em Arraial do Cabo durante a quarentena, vacilei e abusei da aproximação com o mar. Fiz fotos incríveeeiiisssss, mas ele oxidou rapidamente logo em sequência, mesmo sem ter entrado na água. Bastou a maresia. Certificação IPSeiláque uma ova.
O Pixel me deixou profundas saudades e me deixou amargamente mal acostumado com a experiência de ter android.
Foi após sua morte que eu criei a página no Notion que culminou nesse cemitério digital que você está lendo. Escrevi na época que o que eu mais sentia falta dele era a lanterna:
O que eu mais tô sentindo falta dele é da lanterna. Fui obrigado a nesses últimos meses desenvolver um passatempo mórbido de caçar pernilongos pela noite, a lanterna me ajudava muito a encontrá-los. Agora, os fidaputa ficam azucrinando no meu ouvido e eu não consigo enxergá-los, aumentando consideravelmente a taxa de sucesso deles em me picarem infinito :(
Provavelmente, essas fotos foram as culpadas pela morte do meu Pixel 3. Elas não são lindas?



O mar de Arraial do Cabo não tem igual
Apps essenciais: Fuji Cam e Lightroom

#10 Samsung Galaxy Note 9
SM-N9600
❤️❤️❤️
✴︎ 11 de junho de 2020
✝ 17 de janeiro de 2021
Época de vacas magras, não tinha como ostentar com celular, muito menos ter um Pixel. Resolvi comprar um Galaxy Note 9 no Troca Fone. Meu primeiro celular usado. Hábito de compra que adquiri para todos os celulares seguintes.
Como eu sabia, a qualidade de imagem era longe de ser a de um Pixel, mas eu adorava a canetinha e suas possibilidades. Tanto para rabiscar anotações quanto para tirar fotos a distância. Esse foi o primeiro teste:

Assim como o Pixel 3, oxidou rapidinho sem ter entrado em contato direto com a água. Afffffffff
Dureza a maresia, dureza.

#11 Samsung Galaxy Note 10+
SM-N975F
❤️❤️❤️
✴︎ 24 de janeiro de 2022
11 de abril de 2022
✝ AINDA TÁ VIVO, na mão da minha mãe
Gostei da experiência com o Galaxy Note 9 e resolvi pegar a versão 10+ no Troca Fone, novamente. Ele era lindo também. A qualidade da imagem era muito boa, melhor que a do Note 9 (mas não era um pixel haha). Com medo da oxidação, comprei uma capa a prova d’agua bem foda e arregacei de gravar debaixo das ondas quando ia para a praia brava. Tenho gigas de arquivos testando o slow motion no mar.

Fui feliz com ele, mas me incomodava muito o android. Estava mal acostumado com a experiência do Pixel e sentia falta de ter um sistema de qualidade. Já que comprar um celular do Google estava fora de cogitação, resolvi que estava na hora de ter um iPhone. Afinal, eu tinha um MacBook e um iPad, queria muito saber como era a produtividade de ter o ecossistema completo.
Dei para a minha mãe, que o utiliza até hoje!

#12 iPhone 11 Pro Max
iphone 11 pro max
❤️❤️❤️❤️
✴︎ 11 de Abril de 2022
✝ 17 de maio de 2025
Por mais incrível que seja o Galaxy Note 10+, que ainda está vivão e vivendo, servindo a minha mãe. Eu não aguentava mais Android.
E tendo um MacBook e um iPad, eu realmente queria ter um iPhone para poder me beneficiar da produtividade de ter os eletrônicos do mesmo sistema. Em um mês que estava em São Paulo, antes de voltar para Arraial, resolvi caçar iPhones baratos pelo mercado cinza na Avenida Paulista.
Comprei do bolso de um vendedor. Era celular da loja, mas ele usava como o seu pessoal. Algo que todo vendedor dessas lojas fazem, trocam de celular todo mês. Negociei muito com ele e arrematei por 3.300, com carregador original. O sócio do vendedor ficou nitidamente puto.
Valeu muito a pena trocar android pelo iOS. O Apple Notes se tornou meu app de cabeceira, o primeiro app que abro religiosamente toda manhã. Poder continuar o que estou fazendo de um dispositivo para o outro é uma delícia. Apertar cmd+c num dispositivo e colar no outro é bruxaria, eu amo.
A essa altura, as câmeras dos celulares já tinham evoluído bastante e não tem tanta diferença entre um 11 e um 13, por exemplo. Gosto da qualidade das fotos, apesar de achar que o Pixel ainda faz melhor nesse quesito, principalmente nas fotos noturnas.

O melhor é que ele sempre esteve comigo na praia e não deu ruim. Quer dizer, deu né. Mas demorou. Troquei a bateria dele umas três vezes e já tinham me alertado que ele ia parar de funcionar porque por dentro estava começando a oxidar. Achei que ia durar só mais algumas semanas, mas levou mais de ano.
Apps essenciais: Apple Notes, Book Tracker, Arc Search, Readwise Reader, Ulysses e Voice Memo.
iPhone SE 2a geração
✴︎ junho de 25
Atualmente estou usando um iPhone SE segunda geração. Paulinho me emprestou para não perder backup e meu histórico do whatsapp (vocês tem noção da treta que é fazer a troca entre sistemas em relação a merda do whatsapp?).
Achei que ia gostar de ter um celular pequeno depois de tantos anos. Mas não me sinto confortável com a tela pequena. Leio com dificuldade, enfiando o celular na cara, e frequentemente não acerto os links com o dedo. Clicar para ler um comentário inteiro no TikTok é uma tortura, ele faz tudo, menos expandir o comentário.
É um celular provisório e não faz nem sentido comparar performance e câmera desse celular. Tô aproveitando para diminuir o tempo de tela e buscando sofrer menos por não registrar meus dias com incontáveis cliques.
Por fim, o saldo é de:
- 6 celulares não completaram sequer um ano comigo, 2 deles mal ultrapassaram dois meses (tudo bem que um foi por escolha própria);
- Basicamente, 1 celular por ano desde o primeiro, até chegar o iPhone. (Eu, que não sou um cara consumista, fico muito incomodado com o tanto de vezes que precisei comprar um celular novo);
- O iPhone é o que reinou absoluto e com folga na minha mão, mais de 3 anos sem precisar trocar (exceto a bateria, essa eu troquei algumas vezes);
- 4 celulares foram roubados ou furtados, 5 se eu considerar o nokia que já não estava mais comigo. 4 celulares morreram oxidados;
- Depois que me mudei de SP para o RJ, nunca mais tive um celular furtado ou roubado. Em compensação, eles passaram a morrer de oxidação.
Eu nem cogito ter outro android num futuro próximo. A não ser que fosse para voltar a ter um Pixel, mas não quero perder a produtividade e conforto que tenho com o ecossistema Apple. Provavelmente seguirei com iPhone, se for possível.
Só espero que, assim como o 11 Pro Max me fez feliz por três anos, o próximo também me faça feliz por no mínimo outros 3 anos. Sem ser roubado ou oxidado.
O coveiro desse cemitério de telefones celulares está de férias.