São Paulo, setembro de 2025
Preciso lembrar de não subestimar emoções juvenis e encontrar um processo que funcione quando a vida desanda, ou anda muito rápido.

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É eu chegar em São Paulo que a vida desanda.
Quer dizer, anda. Anda bem rápido.
Trabalho, rolês, trabalho, rolês…
Não me sobra tempo para ler, postergo qualquer tipo de escrita em andamento e surge a necessidade de me expressar sobre as experiências imediatas conforme acontecem.
Por isso, passo mais tempo no Instagram nesses momentos. Vídeo e foto saem mais rápido que texto, e eu gosto de fazê-los quando estou assim - acelerado, sem fôlego pra sentar e escrever direito.
A maioria das pessoas com quem me importo estão lá, no Instagram. Mesmo ficando meses (ou anos) ausente, acabo voltando só pra saber delas e elas saberem de mim.
Adoraria que não fosse assim. Já até fiz o apelo: prefiro receber e-mail a notificação de like. Mas sei que nenhum deles vai mandar e-mail. Dá para contar nos dedos quantos amigos leem o que escrevo. E tá tudo bem. Se eu fosse esperto, seguiria os bailes da vida e iria aonde o povo está.
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Passei quase 4 semanas em São Paulo, sendo alguns dias em Santo André e um bate volta em Conchas e Botucatu.
Amo São Paulo, amo meus amigos. Qualquer aniversário vira desculpa para estender a estadia. Fui em 7 aniversários. Sete! Um deles de uma querida que já foi minha staff quando eu tinha pousada no litoral fluminense - hoje é mergulhadora profissional. Sempre estranho encontrar alguém da minha vida praiana fora da praia.
Bebi bastante, tô inchadaço, e comi muita coisa boa. Comida peruana, arroz frito e de talo, lentilha com dendê, arroz de moqueca no Beco SP (Tatuapé), bolinhos no Bar do Luiz (Mandaqui), rã a milanesa no Nozoie (Saúde) - em 2022 a rã veio toda arreganhada, dessa vez despedaçada, mas ainda gostosa - além do hambúrguer maravilhoso de sempre do meu amigo.
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Logo que cheguei, maratonei 3 filmes em sequência no cinema - O Último Azul (curti muito), Nobody 2 (curti nada) e Together (podia ter curtido mais). Não posso perder a oportunidade quando estou numa cidade com cinema que exibe legendado. Ainda vi The Monkey da cama antes de dormir (fiquei indignado com os efeitos especiais, tem uma cena em que dá para ver a troca do ator por um boneco para sua cabeça explodir).
Na mesma semana revi Sexta-feira muito louca dublado & vi Uma sexta-feira mais louca ainda também dublado! Não me lembro a última vez que vi um filme dublado no cinema (tirando animação). Talvez isso nunca tivesse acontecido. Valeu a experiência, fez sentido abrir essa exceção no dia, mas espero que não se repita. Ah, me diverti muito!
Antes de ir embora, ainda vi The Long Walk. Fui esperando terror, encontrei tristeza, dor e sofrimento. Voltei pesadaço, precisando ver uma comédia, qualquer tipo de comédia. Vi um episódio de Hacks para amenizar. Aliás, nesse período vi a segunda temporada de Hacks. Gostei mais que a primeira, em que frequentemente abandonava os episódios em poucos minutos. Demorei para engrenar nessa dinâmica de uma velha babaca com uma jovem idiota.
No bate volta pro interior, passei por Conchas só para assistir mais um episódio de Alien Earth com minha mãe, estávamos vendo juntos. Depois matamos os últimos 3 episódios de uma vez. O resultado dessa série foi mais positivo do que eu esperava. Fico feliz que não foi mais um ponto baixo da franquia. Segundo acerto seguido, já que gosto muito de Romulus (2024).
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aprovaram um orçamento hoje e é isso, tá decidido, vou cometer i wanna be tour no fim de semana quero nem saber
— Liko (@liko.bsky.social) 2025-08-26T02:05:35.385Z
Os últimos tempos foram bons para a empresa que abri e, assim que um orçamento foi aprovado, decidi cometer I Wanna Be Tour de última hora e ver Good Charlotte, a banda que eu mais ouvi na adolescência e dominou o top 1 do meu last.fm por mais de 10 anos mesmo que eu nem escutasse mais.
Por mais aficcionado que eu seja com música, acho que nunca tinha me emocionado a ponto de quase chorar num show. Nem quando vi Interpol, meu primeiro show internacional, nem quando vi a Rita Lee pulando que nem fogo no mesmo ano, nem quando me torturei vendo Seu Jorge. Mas engasguei vendo a banda que eu era fã aos 14 anos. Preciso lembrar de não subestimar emoções juvenis.
Também preciso ressaltar que as bandas brasileiras, principalmente Dead Fish, Forfun e Fresno, colocaram os gringos no chinelo. Foi uma infeliz surpresa perceber que o público mal conhecia Yellowcard, que também tocou. Mas foi demais ver o estádio todo cantando Hidropônica e estar presente num dos maiores shows da Fresno. Meu Deus do céu, obrigado por eu ser emo. É bom demais ser fã de Fresno e acompanhar a felicidade do Lucas Silveira mostrando que é tão foda quanto os headliners. É a banda que eu mais assisti apresentações e que mais me traz felicidade acompanhar a cada show mesmo quando o gênero não está em alta.
Adoraria ter ido no The Town também, nas semanas seguintes. Mas me dá uma raiva tremenda pagar os preços absurdos. É ridículo o que as empresas de eventos fazem. Fãs precisam se endividar para conseguirem ver seus artistas favoritos. (Aliás, The All-American Rejects é a banda mais punk atualmente fazendo shows por 5 dólares nas casas dos fãs contra o fluxo dessa indústria - algo que o Apanhador Só também fazia até serem "cancelados" e caírem no ostracismo, saudades)
Antes de ir embora, conferi o MIMO Festival que aconteceu de grátis no Vale do Anhangabaú. Uma estrutura boa com a possibilidade de sair e entrar quando quisesse e consumir o que quisesse do lado de fora sem maiores problemas. Uma pena que foi tão mal divulgado.
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Antes de ir para São Paulo, passei o último fim de semana de sossego programando uma nova versão para este blog. Comprei o tema Braun, que eu tava de olho há um bom tempo e comecei a fazer minhas próprias customizações.
Agora que voltei para o interior por duas semanas, vou me apressar para tentar publicar o que estou chamando de Cosmoliko Braun 25. Tô ficando orgulhoso do que tô fazendo:

Sei lá quantos temas esse blog já teve. Me sinto um palherma de não ter salvo as diferentes versões ao longo dos anos. Não vou mais deixar essas mudanças passarem em branco, mas também espero que a próxima demore MUITO.
Além de finalizar esse tema, preciso resgatar vários rascunhos que eu deveria ter publicado ANTES de viajar. Na real, preciso criar um processo que funcione não importa onde eu esteja ou no que esteja trabalhando. Estou me iludindo que isso vai acontecer assim que publicar o design novo. Torçam por mim.
PS:
- O Bate volta para Botucatu apertou meu coração, pois eu tinha planos maiores para 2025 e essa cidade.
- O Pedro fez um colofão para o seu blog em que eu vou bem me inspirar para atualizar a minha mistureba em “Apps e Coisas”.