Uma vez, eu fiz uma escolha: decidi não amar.
Para quem já teve boas experiências, é difícil entender, mas para quem deu com a cara no chão…
Você pode imaginar o que e como quiser. A ideia ilusória de amor, uma vez extinguida te dá plena liberdade para uma vida sem restrições. É que eu prefiro assim, que o meu sorriso venha quando eu estendo as mãos, deixando os instintos levarem.
Aprendi que a independência é divina, mas o amor não, e se eu escolhê-lo estarei para sempre condenado a uma dependência desnecessária que destrói sonhos e metas. Quero ser livre para apreciar o mundo, fazer minhas escolhas, seguir o meu caminho.
Porém, talvez pelo mal da época, se ver livre integralmente de tal sentimento chega a ser tão ilusório quanto amar, e você percebe que não está, e nunca estará, livre para todo o sempre desse equívoco humano. Contudo, com o controle na cabeça e a irracionalidade guardada, passa-se despercebido entre os mais frágeis que não se deram a chance de tentar conhecer o infinito, o universo, e só enxergam os outros. Desse inferno eu quero é distância.
Não quero amar e seguir de mãos dadas, esse erro eu já aprendi. Eu quero é seguir de mãos dadas, mãos tão calorosas que dificultam o pensamento em outras saídas, e continuar feliz por continuar livre. Assim, a direção muda, e quem sabe, estarei preparado para deixar alguém me ensinar o que eu me recuso a aprender.